quinta-feira, 20 de abril de 2017

Biomecânica dos discos intervertebrais



1.   Características dos discos intervertebrais

Para que possamos falar sobre a biomecânica dos discos intervertebrais, primeiramente devemos saber o que é um disco intervertebral e quais suas características.
O disco intervertebral pode ser descrito como um disco fibrocartilaginoso que se localiza entre as vértebras da coluna vertebral, que por sua vez faz o trabalho de articular uma com as outras, sendo assim validando a rigidez e a flexibilidade da coluna, sendo então que a coluna é responsável por sustentação do peso do corpo (suporte), movimentação do tronco e ajuste da posição, o disco intervertebral por sua vez é o grande responsável pelas articulações entre as vértebras, e entre articulações dos arcos vertebrais.
Pode dizer que então o disco vertebral é um sistema hidráulico e complexo, que tem a função de absorver choques da coluna vertebral, pois ele permite uma compressão transitória, devido ao deslocamento do liquido dentro do continente elástico.



O disco intervertebral é composto de anel fibroso ou anulo fibroso, e núcleo pulposo, sendo que o primeiro é uma estrutura composta de lamelas de fibras colágenas, gel proteoglicano, que previne deformações através de torções, e o núcleo pulposo é um gel semifluído que corresponde de 40 a 60% do disco.
Ele é composto de um material cujo qual se chama mucóide, que na primeira década de vida, existe poucas células notocordiais, e na segunda década em diante é substituído por uma fibrocartilagem que então começa a acomodar as vértebras e permitir a compressão entre elas.






2.   Conceitos de biomecânica e influencias nos discos intervertebrais;
Na física a alavanca é um objeto rígido que é usado com um ponto fixo apropriado, com a intenção de multiplicar a força mecânica aplicada a um objeto (resistência).
Na biomecânica temos três tipos de alavancas, que estão presentes no corpo humano.
A primeira: interfixa ou de primeira classe, onde o eixo fica entre a força e a resistência.
Quando então pensamos em vértebras temos uma alavanca interfixa, onde o ponto de apoio é na vértebra, e funciona para manutenção do corpo ereto.
A segunda: Interpotente ou terceira classe, onde a força potente esta entre a força resistente e o ponto fixo, no corpo humano tem a pinça (mãos), cotovelos, ombros e tronco.
A última seria: inter-resistente ou segunda classe, a força resistente esta entre a força potente, ponto fixo.



Exemplo de alavanca interfixa (coluna vertebral e discos intervertebrais)



 Interfixa

Então se separar por segmentos pode ter seguintes alavancas e movimentos articulares, como segue abaixo:
Em nossa cabeça temos as articulações intervertebrais e atlantoaxial, que podem realizar movimentos de flexão, extensão, hiperextensão, flexão lateral direita/esquerda, rotação direita/esquerda circundução. As vértebras são atlas e axis (C1 e C2) e C3 à C7.
Já em nosso tronco onde se localiza as vértebras torácicas que se encontram as vértebras T1 à T12, neste segmento temos a articulação intervertebral que realiza movimentos de flexão, extensão, hiperextensão, flexão lateral direita/esquerda, rotação direita/esquerda.
Como podemos ver a coluna vertebral realiza vários tipos de movimentos articulares, onde em cada um exerce um tipo de compressão diferente nos discos intervertebrais devido a diferentes ações biomecânicas, pensando nas curvaturas fisiológicas da coluna, lordose cervical, cifose torácica, lordose lombar e cifose sacral, podemos pensar também nos diferentes tipos de pressão que temos nos discos intervertebrais tais como: compressão, tensão, cisalhamento e torção.
Compressão: cargas excessivas ou prolongadas na coluna, e também nos discos intervertebrais.
Tensão: é um tipo de força que atua sobre a coluna na parte distal da vértebra.
Cisalhamento: tensão gerada na coluna por forças aplicadas em sentidos opostos, mas em direções semelhantes.
Torção: rotação em sentidos opostos das vértebras.
Em todos estes casos, é comum um desgaste do disco intervertebral, que de forma acentuada, pode causar discopatia degenerativa (desidratação dos discos intervertebrais) mais comum na região lombar onde pode ser desencadeado por vários processos inclusive o mecânico, mas isto não significa que esta pessoa terá dores, a discopatia esta relacionada ao envelhecimento natural da coluna, porem muitas doenças está associadas a isto como, por exemplo: protusão discal, hérnia discal, estenose do canal cervical ou lombar e os discos-osteofitários ou popularmente bico de papagaio.
Também relacionado ao desgaste dos discos intervertebrais esta o trauma, estresse, idade como já mencionado, má postura esta ligada diretamente a biomecânica da coluna por desconhecimento da ergonomia.
Outros fatores que podem mudar a biomecânica dos discos intervertebrais por adaptação em relação à condição física é a gravidez, que acentua a lordose lombar (hiperlordose), aumentando a pressão sobre os discos intervertebrais, e a obesidade que também contribui para possíveis dores na coluna em conseqüência da pressão gerada nos discos intervertebrais, uma vez que em ambos os casos a ação mecânica não é só uma adaptação da coluna ao estado físico do individuo, mas sim também adaptações musculares.
Sendo assim podemos afirmar que para evitar problemas discais intervertebrais, é importante desenvolver um bom condicionamento físico, particularmente a resistência e o fortalecimento muscular, o alongamento e a flexibilidade, junto é claro com uma boa alimentação para manutenção do peso.


3.   Variáveis biomecânicas dos discos intervertebrais, posturas e ergonomia.
O posicionamento das curvas naturais da coluna como lordose cervical, cifose torácica, lordose lombar e cifose sacral, este diretamente associado com a distribuição de pesos na coluna vertebral.
A postura sentada reta cria uma tensão nos isquiotibiais e no glúteo por haver uma retroversão da pelve, isso gera uma sobrecarga compressiva nos discos intervertebrais e acarreta também a fadiga muscular dos eretores espinhais.
Ainda falando da posição sentada, estudos apontam que a posição sentada cifótica da coluna lombar, que tem por sua vez a característica de fazer um ângulo entre as vértebras S1 e L1, pode aumentar em 85% a pressão intradiscal se este ângulo for < ou igual 22%, e algo ainda mais relevante é que durante muitas horas nesta mesma posição (mais de 6hs) acarreta em uma redução da altura dos discos intervertebrais em 2,1mm.
Se comparado com a posição sentada lordótica, esta ultima mostra levar menos pressão nos discos intervertebrais, resultado da baixa tensão nos ligamentos posteriores e menos ação dos músculos extensores da coluna (menor fadiga muscular).
No entanto se comparado com a posição em pé os valores são semelhantes.
Nos aspectos ergonômicos da posição sentada, fica claro que a maior parte do peso do corpo, é transferida para uma área de suporte, sendo esta a isquiática e os tecidos moles, então se não existir um suporte ou apoio correto para esta área (lombar) a pressão intra discal é de 35%, ou seja, é uma posição que também pode trazer dores devido à ausência da ergonomia correta.
Suportes ou encostos adequados para indivíduos nesta posição ajuda a diminuir a pressão intradiscal, minimizando assim os impactos ao longo do tempo.
Se tratando das variáveis biomecânicas e levando em consideração o levantamento de peso excessivo como: trabalhos físicos pesados, levantamento e transporte manual de carga, trabalhos estáticos, e atividades que exige movimentos de rotação e flexão da coluna, existem pesquisas utilizando procedimentos biomecânicos e recomenda-se que a carga deve ser levantada o mais próximo possível do corpo, posicionar os pés corretamente, evitar torção do eixo vertical da coluna e segurar a carga com ambas às mãos auxilia na redução da curvatura da coluna e a pressão dos discos intervertebrais.
Outro ponto que mostra uma degeneração dos discos intervertebrais por erros de execução de movimentos e desconhecimento da biomecânica são os levantamentos repetitivos, pois pressões sobre o disco intervertebral de forma repetitiva e freqüente pode acelerar tal processo, levando a perda de amortecimento dos discos intervertebrais.
Desta forma as alterações funcionais e estruturais durante o envelhecimento e degeneração podem alterar o comportamento mecânico dos discos intervertebrais.


4.   Conclusão
Podemos então afirmar que os principais problemas relacionados à coluna vertebral e o desgaste prematuro dos discos intervertebrais, esta associado à má postura, levantamento de peso excessivo, levantamentos repetitivos entre outros fatores que aumentam a pressão sobre os discos intervertebrais.
Tais fatores estão associados ao pouco ou nenhum conhecimento de ergonomia e principalmente da biomecânica, pois ambas contribuem e atuam juntas para sanar tais problemas mencionados nos discos intervertebrais, mas não podemos de deixar de falar dos treinamentos de força para fortalecimento muscular e redução do estresse sobre a coluna vertebral, pois o treinamento de força junto com o aumento da massa muscular e preparação dos músculos responsáveis pela estabilização da coluna geram uma melhora considerável uma vez que a sobrecarga não estará sendo produzida/gerada diretamente sobre a coluna (vértebras), a manutenção de uma vida saudável, como atividades físicas, práticas nutricionais adequadas para controle de peso, e uma orientação profissional de qualidade, enfatiza a esta melhora.
A busca pelo conhecimento da biomecânica esta associada de forma significativa para prevenção de problemas na coluna e degeneração precoce dos discos intervertebrais, pensando nos diversos tipos de usos da biomecânica como cadeia cinética aberta, onde esta compreende o uso de apenas uma articulação, e cadeia cinética fechada onde mais de uma articulação esta envolvida, é evidente que podemos assim elaborar protocolos de treinamento preventivos, reabilitativos e protocolos de manutenção para o individuo.
Os demais fatores como obesidade, este associado ao desequilíbrio alimentar e gravidez devido ao espaçamento entre os segmentos inferiores da mulher mudando assim o centro de gravidade e aumentando a compressão dos discos intervertebrais devido a acentuação da lordose (hiperlordose), não deve ser ignorado e deve ser bem trabalhado para uma boa qualidade de vida e manutenção da saúde da coluna evitando as patologias mencionadas neste texto.


1.   Bibliografia
LOTZ, J. C.; HSIEH, A. H.; WALSH, A. L.; PALMER, E.; CHIN, J. R. Mechanobiology of the intervertebral disc. Biochemical Society Transactions, v. 30, n. 6, p. 853-858, 2002.

HOPPENFELD, S. Propedêutica Ortopédica: coluna e extremidades. Ateneu: São Paulo, 1999.
ANDRADE, A.A; Que é discopatia degenerativa. Campinas, São Paulo.
Disponivel em:

ÂNGELO, O.C.RITA. ET AL  Morfologia dos discos intervertebrais. Recife Pernambuco. Disponível em:http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/traumato/discopatias.htm

RICARDO S F LEITE
PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA 
UNIVERSIDADE PAULISTA UNIP - CAMPINAS - SWIFT

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Resistência X Flexibilidade - Você sabe a diferença?



Este texto visa esclarecer a diferença entre resistência e flexibilidade :

Definição de resistência consiste em:

        Segundo Weineck(2005), entende-se por resistência a capacidade psicofísica da pessoa de suportar a fadiga; por resistência psíquica, a capacidade da pessoa resistir por longo período a um estímulo; resistência física consiste na capacidade de todo organismo ou de sistemas parciais de resistir a fadiga.
        A resistência envolve tanto os aspectos físicos quanto o psicológico, que devem tolerar certa tensão/estresse por um máximo período de tempo. O fator psicológico é primordial para se conseguir o desenvolvimento da resistência física; outro ponto importante é que , antes de se começar um trabalho de força, esse deve ser precedido pelo de resistência, caso contrário, o organismo corre riscos de ser lesionado, por não estar preparado para suportar uma intensidade de esforço maior, como é o aplicado para adquirir força.


Onde na foto A existe uma força excêntrica onde a gravidade vence a resistência e na foto B uma força concêntrica onde a força aplicada vence a gravidade

Falando de resistência, imaginemos então a moça fazendo uma força isométrica e sustentando o halteres (que é a resistência) o máximo de tempo possível em um determinado angulo, suportando assim não só o peso, mas o estresse gerado pela posição e também pelo trabalho de força até a fadiga muscular! 



Formas de Classificação (weineck, 2005):

De acordo com a quota de musculatura participante :

-geral: mais de 1/6- 1/7 de toda musculatura

-local : menos de 1/6 – 1/7 da musculatura



Tempo / Classificação da Resistência 

De acordo com o tempo de duração do estímulo: 

Resistência de curta duração: quando a atividade dura de 45 segundos a 2 minutos 

Resistencia de media duração- cargas de 2 a 8 minutos 

Resistência de longa duração – carga acima de 8 minutos.



Definição de Flexibilidade consiste em:

De acordo com Hall (2000), a flexibilidade articular é um termo utilizado para descrever amplitude de movimento (ADM) permitida em cada um dos planos de movimento de uma articulação.

Vamos ver dois exemplos de flexibilidade bem distintos:

Treinamento de Força (TF)


Podemos ver na Imagem que os braços ultrapassa a linha dos ombros, aumentando naturalmente a flexibilidade do individuo no treinamento de força


Já a moça na foto acima mostra flexibilidade que adquiriu no Taekwondo cujo qual usa elementos da Ginástica Artística para auxiliar na amplitude do movimento, uma vez que as lutas não focam muito no treinamento resistido.



Segundo Amorim (1991), o treinamento da flexibilidade pode ser utilizado como forma de prevenção de lesões, como preparação para o esforço. Segundo Carneiro e Lima (1999), o alongamento é um dos principais recursos utilizados para se trabalhar a flexibilidade. O termo alongamento pode ser definido como um conjunto de tecidos utilizados para manter e aprimorar o grau de movimento de uma articulação, ou conjunto de articulações, de maneira segura e eficaz.



Classificação da Flexibilidade

Segundo Carneiro e Lima (1999), podem-se classificar a flexibilidade nas seguintes formas de Classificação: 

-Geral- é definida pelo nível de flexibilidade dos sistemas musculares principais 

-Específica-é o grau de flexibilidade necessário e ideal para a prática de um determinado movimento. 



Formas / Tipos de Flexibilidade 

Ativa- é referente à maior amplitude de movimento possível de uma articulação, a qual pode ser produzida sem ajuda, ou seja, por um rendimento muscular ativo. 

Passiva- é caracterizada como qualquer forma de flexibilidade de uma articulação, a qual pode ser alcançada pela ação de uma força externa; ex: aparelho, companheiro.

Estática - é a que utiliza a amplitude de movimento sem ênfase na velocidade, sendo caracterizada pela manutenção de uma determinada posição da articulação sobre um período de tempo 

Dinâmica - corresponde à habilidade de se utilizar a amplitude de movimento na performance de uma atividade física, em uma velocidade normal ou rápida.


Conclusão e considerações finais


Desta forma espero ter contribuído para esclarecer o que é resistência e flexibilidade e suas particularidades e assim auxiliar no tipo de treinamento que podemos aplicar no aluno!

Visando sempre seu objetivo, seus limites, sua individualidade, respeitando sua capacidade física, motora e cognitiva e aperfeiçoando através dos mais diversos tipos e propostas de atividades físicas e suas variantes.

Grande abraço a todos!

Texto: Ricardo Leite (Bane)

sábado, 30 de agosto de 2014

Treinamento de Força para Idosos



Treinamento de força para idosos e seus benefícios

A melhora da qualidade de vida para a população idosa esta ligado diretamente a prevenção de algumas patologias, a prática de atividades físicas o lazer entre outros aspectos sociais.

Quando falamos na população idosa do nosso país ainda notamos um certo descaso a esse publico, tais como: ausência de cuidados específicos, preconceitos por parte de alguns indivíduos (familiares, e empregadores principalmente) que os consideram incapazes, ausência de tratamento adequado por órgãos de saúde publica ou privada, a própria cultura ocidental que vê o idoso como um “peso” enquanto os orientais culturalmente os tratam com extrema importância pela consideração, e pela figura de um sábio ancião a ser consultado, outros aspetos também exclui os idosos da sociedade moderna como preconceitos ligados a dificuldade de aprendizagem ou te interatividade com a tecnologia, enfim poderíamos ficar escrevendo linhas e linhas sobre isso, mas a ideia é abordar nesse texto de forma simples e com uma linguagem facilitada, tópicos sobre como podemos melhorar a qualidade de vida dos idosos com a prática do treinamento de força.

Primeira coisa que devemos notar ao tomar esse assunto como tema é que o treinamento de força para idosos lida com duas variáveis principais que é: melhora significativa na saúde corporal (física) e melhora psicológica (mental).

Vamos primeiramente citar as principais dificuldades que os idosos enfrentam se baseando nessas duas variáveis, que é dificuldade de locomoção, movimentos limitados, doenças por conta do sedentarismo físico como doenças cardiovasculares e aumento da pressão arterial, osteoporose, diabetes etc, e na variável psicológica, podemos notar a solidão, depressão, baixa autoestima, tristeza entre outras.

Pensando agora em como o treinamento de força poderia auxiliar no tratamento de todas as patologias mencionadas acima, devemos partir do conceito que o idoso é um ser humano como qualquer outro e sendo ele um idoso saudável teremos ainda mais facilidade para auxiliar na prevenção de tais patologias, e sendo ele um idoso portador de alguma patologia mencionada acima, também podemos melhorar significativamente sua qualidade de vida porém devemos ter alguns cuidados extras.

Estudos mostram que a sarcopenia que é a perda de massa e função muscular é uma das características mais importantes no envelhecimento.
O predomínio da sarcopenia dependendo muito da definição usada, varia de 10 à 30% nos homens que estão na faixa etária dos 60 anos e nas mulheres na faixa dos 50 anos.

Se pegar um indivíduo saudável na faixa dos 20 à 80 anos a perda de massa muscular cumulativa equivale a 35 à 40 %, mas vale lembrar que essa perda de massa muscular não esta associada a perda de peso corporal uma vez que devido a substituição natural da massa magra pela gordura corporal.

Isso gera uma atrofia da contração muscular rápida das fibras do tipo II, essa perda de massa muscular que ocorre diminuindo a área da seção transversal das fibras musculares e o aumento da gordura intramuscular e no tecido conjuntivo faz com que ocorra uma redução no volume do tecido contrátil disponível para locomoção e para as funções metabólicas.

E onde então o treinamento de força entra?
O treinamento de força (musculação) se acompanhada por um profissional qualificado, e com o devido acompanhamento, pode estabilizar essa perda de fibras do tipo II, segundo Pollock & Wilmore, 1993, os treinamentos com pesos (musculação) é muito útil para o aumento da massa muscular e levando a um aumento bem significativo no tecido captador de glicose mesmo em repouso!
Mas partindo para uma linguagem mais simples a musculação aplicada de forma apropriada, e quebrando o paradigma de que musculação para idoso não se deve aplicar cargas, cai por terra uma vez que o estimulo e o aumento de massa muscular é possível somente com aplicação de cargas elevadas respeitando a limitação e a condição de cada indivíduo.
Com isso aos poucos o idoso terá ganhos significativos melhorando sua força, estabilizando sua postura através da musculatura treinada, e melhorando sua mobilidade, com isso podemos devolver ao paciente ou aluno uma qualidade de vida melhor.
Mas muitos devem estar perguntando, mas por que carga elevada? Porque as fibras do tipo II (contração rápida) só é estimulada com cargas elevadas, ou seja de nada resolve o profissional que pega o idoso, e trabalha sempre com cargas extremamente baixas, esse tipo de treino ira apenas cansar o aluno e não ira estimular as fibras musculares que ele mais perde com o passar de idade, sendo assim, existe também uma atenção especial ao idoso com algum trauma articular, pois neste caso a carga elevada ira prejudicar em vez de ajudar no desenvolvimento e no trabalho empregado ao aluno, mas existem métodos muito eficientes que podem ajudar nesses casos, como o Kaatsu Trainning (falarei deste método numa próxima oportunidade) que consiste em realizar a oclusão do fluxo sanguíneo do membro a ser treinado, porém a oclusão deve ser parcial usando uma bolsa pneumática para reduzir o fluxo sanguíneo, e usando a pressão arterial sistólica como referencia para manter durante o treino, este tipo de treino vem sido estudado pela UFRJ, mas pouco ainda difundido no Brasil.
A musculação (treinamento de força) bem aplicado ajuda e muito se o protocolo montado pelo profissional de educação física respeitar tais limitações, então não existe motivos para se preocupar achando que idosos com problemas articulares só treinarão através do Kaatsu Trainning, e inclusive podemos também ressaltar neste texto que o treinamento de força é extremamente indicado no tratamento de osteoporose, pois é errado pensar que o osso é apenas uma estrutura que mantêm nossa postura, hoje a ciência já trata o osso como um órgão , e isso é devido as inúmeras patologias que ele pode desencadear.
Por existir o osso compacto e osso poroso, esse ultimo que esta ligado diretamente a matriz óssea que é degenerada com o surgimento da osteoporose, o osso precisa ser estimulado e o estimulo ósseo é o impacto.
Então para tratar de osteoporose precisa gerar impacto ao osso?
A resposta é sim, ele responde a estímulos gerados pelo impacto, mas por estarmos falando de um publico onde não podemos gerar impactos intensos por conta dos riscos de lesão articular, empregamos o treinamento de força para tratamento da osteoporose, pois temos uma vantagem nesse tipo de treinamento que é a variável carga, pois como podemos controlar a carga que será aplicada no paciente o risco de lesão diminui, e muitos podem se perguntar: Mas o leg press por exemplo (aparelho de pressão nas pernas) não gera impacto no osso! Exato, ele não gera impacto, mas gera tensão no osso estimulando o mesmo, e a tensão que desejamos aplicar ao nosso paciente ou aluno (como queira chamar) é controlada através da carga que o profissional ira usar nas sessões.
Sendo assim o idoso por usa vez além de ter ótimos ganhos na sua mobilidade, fortalecimento muscular, podemos citar outros benefícios, como a aceleração metabólica, prevenção de doenças cardíacas, e hipertensivas.
E como deve ser iniciado o treinamento com o paciente idoso?
É de suma importância que o profissional em questão de ênfase aos membros inferiores, pois são eles que estão ligados diretamente com mobilidade e locomoção do paciente, não devendo ser ignorado membros superiores claro, mas a ênfase deve ser dada aos membros inferiores.
Poucas pessoas sabem, mas um dado que não podemos ignorar é que muitos idosos sofrem acidentes graves ou até mesmo morrem em consequência de atropelamentos, isso se deve por um fator psicológico do idoso, pois ele atravessava a rua num determinado tempo na sua fase adulta e ele calculava a distancia do carro que vem e a distancia a ser atravessada e conseguia atravessar com êxito, porem ao envelhecer ele ainda pensa que tem a mesma velocidade e explosão muscular para atravessar o mesmo percurso porém como vemos acima, durante a vida de uma pessoa as fibras musculares do tipo II vão diminuindo e ainda mais em decorrência do sedentarismo, e o idoso ao atravessar a rua o cérebro manda a informação para os músculos gerar a contração muscular, (A contração muscular corresponde a um encurtamento das fibras musculares como resposta normal a um estímulo nervoso) mas o deficit de fibras de contração rápida responsável por movimentos como corridas, trotes, ou piques ou deslocamento rápido, faz com que exista uma “falha” e o idoso não consegue arrancar com a mesma potência que ele fazia antes, ocasionando o acidente por atropelamento.

Por tanto o treinamento de força deve ser desmistificado, com a ideia de apenas um culto ao corpo, ou ligado apenas a estética, o treinamento de força é uma atividade física muito importante para uma melhor qualidade de vida, e infelizmente muitas pessoas quando pensa na musculação, logo pensa em músculos enormes, pessoas extremamente hipertrofiadas, e não é assim, se as pessoas soubessem o quanto é difícil construir um corpo hipertrofiado, ou esculpido, o quão é exigido da pessoa em relação ao treino, dietas, e outras variáveis, isso seria menos mistico aos olhos de pessoas que desconhecem a musculação como uma opção para a prática de atividades físicas.

Espero que tenham gostado do texto!

Abraços!


Ricardo Leite 

Osteoporose - Breve Introdução


Introdução

Nos dias de hoje doenças dos mais diversos tipos tomam conta do dia a dia das pessoas em suas mais diversas classes sociais, entre elas esta a osteoporose, que vem sendo diagnosticada com frequência em homens e mulheres, e por sua vez sua evidencia se da principalmente ao sedentarismo e fatores ligados aos hormônios sexuais.

Atividade Física e os fatores hormonais relacionados a osteoporose.

Nos dias de hoje é comum ouvir falar de osteoporose, principalmente em mulheres com uma idade mais avançada, e quando falamos em idade avançada não devemos pensar em idosas, mas sim em mulheres pós-menopausa, ou seja após cessão da produção de alguns hormônios sexuais.

Nos homens esta relacionado pelo mesmo motivo, mas por não existir no homem uma cessão tão intensa como a menopausa, os riscos diminuem mas isso não quer dizer que os homens estão totalmente isentos de desenvolver osteoporose, uma vez que alguns indivíduos após uma determinada idade apresenta deficiência na produção de testosterona por exemplo, comum nos dias de hoje ouvir se falar em tratamentos como o TRT, porem seus efeitos colaterais são ainda muito pouco conclusivos, pois sabe-se dos efeitos, mas não se sabe quando, e em que intensidade eles se desencadeiam.

Quando pensamos em questões hormonais devemos lembrar que os hormônios são fatores determinantes na remodelação óssea e por estimular a recepção dos osteoblastos, células responsáveis pela construção da matriz óssea. Quando falamos em matriz óssea devemos lembrar de que o osso humano é constituído de osso compacto (em suas extremidades ou sua parede óssea por assim dizer) e osso poroso que é o osso encontrado na matriz óssea sendo este que sofre degradação dos osteoclastos, decorrente dos fatores hormonais como mencionado, ou através de atividades físicas intensas e planejadas de forma inadequada.

Porem é fato e comprovado que a atividade física ou o sedentarismo está relacionado com o surgimento da osteoporose, pois hoje o osso sendo tratado como um órgão e sabendo que dele é originado as mais diversas patologias, fica claro que o estudo da atividade física no tecido ósseo assim como é estudado no músculo é de suma importância para ajudar a esclarecer o surgimento e o  desenvolvimento da osteoporose e seu tratamento.

Focando na atividade física como uma forma preventiva da osteoporose podemos dizer que o estimulo causado pela prática de esporte no osso através do impacto é que gera a regressão ou estabilização de tal patologia.

Porem a atividade física empregada de forma incorreta pode prejudicar em vez de auxiliar no tratamento, porque uma vez que o osso sofre algum dano na sua epífise, e causando o fechamento da mesma de forma prematura, pode atrapalhar o desenvolvimento ósseo no indivíduo.

Mas se levarmos em consideração a atividade física bem empregada, por profissionais qualificados podemos ter ótimos resultados no tratamento da osteoporose, principalmente se considerarmos a biomecânica e o treinamento de força, pois através dessas duas ciências, conseguimos controlar algumas variáveis importantes para o tratamento, como o fator carga, que não gera impacto no osso, mas gera pressão, que também causa estímulos no mesmo.

Porem devemos sempre pensar que existem pessoas quais suas articulações podem estar comprometidas, sendo então muito questionado o uso do treinamento de força como forma de tratamento da osteoporose, mas como citado acima se conciliado com a biomecânica, onde controlamos de forma eficaz o ângulo e amplitude que trabalharemos com o paciente, o treinamento de força se torna um aliado poderoso para tratar até mesmo pessoas com problemas articulares, sendo que dentro da musculação temos os mais variados tipos de tratamento para tal patologia.


Conclusão.

Fatores hormonais estão relacionados com a osteoporose, e por sua vez esses apresentam riscos desconhecidos para a ciência, seus efeitos colaterais existem, mas varia de indivíduo para indivíduo, não podendo ser estudado com exatidão, por outro lado a ciência, já comprovou através de estudos em ratas, e em até mesmo em humanos que a atividade física é uma forte aliada na prevenção, tratamento e cuidados relacionados a osteoporose e se bem empregada junto com as mais diversas terapêuticas existentes podemos diminuir a osteoporose em homens e mulheres melhorando assim a qualidade de vida, com o aumento da expectativa de vida.

Texto: Ricardo Leite (Bane) 


sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Educação Física no Ensino Fundamental



A Educação física hoje é vista como de suma importância para formação do caráter da criança pois é justamente este profissional de educação física que consegue ter uma relação mais próxima com seus alunos, vivendo com eles algumas de suas emoções e compartilhando de suas conquistas.

Mas porque a educação física tomou tamanha importância na educação das crianças?

Porque existiu na década de 80 uma resistência influenciada diretamente pela pedagogia e áreas cientificas da educação física junto as pesquisa de campo fez com que ela fosse concebida como disciplina acadêmica
(Henry apud BROOKS, 1981; TANI et al ., 1988)

Neste momento a educação física entra na contra-mão do tecnicismo, rendimento esportivo e biologista e da espaço a uma educação física que visa as mais diversas expressões da cultura corporal, como danças, lutas, gincanas, jogos e brincadeiras , tornando assim uma matéria mais social e menos excludente, possibilitando que todos participem e desenvolvam suas atividades e aptidões de forma natural e espontânea sem pensar no esporte de alto rendimento.

Se o foco da educação física então sofre esta mudança automaticamente surge as perguntas como: E os novos talentos do esporte? A competição sempre foi o motor da educação física, e como isso é nos dias atuais?

Bem visando o aspecto mais pedagógico da educação física, é muito mais importante você trabalhar o caráter de seus alunos ainda no ensino médio e até mesmo antes nos primeiros anos de escola porque mais tarde se o aluno se interessar em seguir realmente na vida esportiva ele ira procurar clubes e associações, ginásios e academias que poderão dar o suporte para ele seguir no esporte de alto rendimento, mas vamos ver com atenção isso, pois ele não precisa sair da escola um atleta, mesmo porque os aspectos técnicos serão trabalhados de formas repetitivas até atingir o máximo do seu rendimento, mas já o caráter é muito mais difícil de se trabalhar depois que ele esta formado, então podemos construir já no ensino médio através da vivencia em diversas atividades um futuro profissional com bestante Fair Play (Jogo Limpo, ou Jogo Justo) sendo aquele profissional que mais tarde não ira se desapontar com barreiras ou derrotas e sim supera-las e seguir atras de seu sonho.

No ensino médio é que também conseguimos notar duas coisas que são de muita importância na formação de um aluno-atleta que são a inteligencia emocional e inteligencia motora.

A Emocional é a inteligencia que esta ligada diretamente a motivação do aluno em gostar de uma determinada modalidade esportiva, esta inteligencia podemos notar nas escolas onde o profissional de educação física trabalha diversas modalidades, então por exemplo, este profissional aplica um jogo de futebol e posteriormente em uma segunda aula ele muda para o handebol e assim progressivamente mostrando as mais diversas modalidades, pode-se notar que existira alunos que irão muito bem nas aulas de futebol e outros nem tanto, mas quando a modalidade se inverte este cenário também muda, mostrando que aquele mesmo aluno que não foi bem no futebol , esta extremamente empolgado em jogar o handebol por exemplo, pela motivação, pela emoção que ele sente em fazer aquela modalidade.

Outra questão é a inteligencia motora, que esta por sua vez se trabalhada de forma correta ajuda o aluno ainda na escola ter um direção no esporte, ou seja, depende muito do professor estimular e notar isso em seu aluno, mas tal inteligencia parte do conceito de facilidade e dificuldade motora para executar um determinado movimento, ação, ou técnica.

Sendo mais especifico esta inteligencia esta ligada a habilidade de um aluno e outro em por exemplo executar uma finalização para o gol durante um jogo, enquanto um em uma ou duas aulas aprende todo movimento técnico de um chute envolvendo pé de apoio e o outro a alavanca que ira disparar a bola contra as balizas, o outro ira chutar a bola de forma ainda descoordenada, tendo um pouco mais de dificuldade, mas isto não quer dizer que ele não seja capaz é apenas uma habilidade que pode e deve ser trabalhada, mas que exige do profissional de educação física um olhar de contexto podendo fazer com que este aluno jogue em uma outra posição onde ele terá uma aptidão melhor.

O conceito dessas duas inteligencias sendo trabalhadas por um profissional qualificado e com ideias são extremamente inclusivas , motivando o aluno a brincar e participar das mais diversas atividades propostas de forma prazerosa e não imposta, despertando assim dentro da criança sua motivação pelo esporte.

Por fim a importância da educação física dentro das escolas esta associada hoje a formação de cidadãos com seus direitos e deveres, opções e decisões, mas sempre de forma direcionada e bem orientada pelos professores para melhor propor a este uma qualidade de vida física e mental em esfera social para sua vida toda!

Texto : Ricardo Leite (Bane)


terça-feira, 15 de julho de 2014

Lutas - Porque a prática de tal modalidade trás tantos beneficios ?


Abordando de uma forma prática e usando uma linguagem simplificada, quero abordar neste texto a importância da arte marcial em seus diversos aspectos e estilos.

Inicialmente devo deixar claro a todos os leitores o que são aspectos das artes marciais e o que são seus estilos, e então vamos abordar seus aspectos.

A definição que podemos dar as artes marciais é o enfrentamento direto de duas pessoas praticante de uma determinada luta, com o objetivo de vencer seu oponente através das diversas técnicas ensinadas no decorrer da graduação do indivíduo, se caracteriza por ser uma modalidade onde o respeito, a honra, lealdade e a hierarquia se apresenta de forma direta e constante sendo cobrada de um indivíduo na mesma intensidade que é cobrada sua evolução técnica e marcial, é definida por uma escala de faixas, cordões ou outras marcações de diferentes cores e tipos para sinalizar a graduação do praticante.

Os estilos de artes marciais estão espalhadas nos mais diversos tipos pelo mundo todo, mas podemos simplificar usando o conceito basico das modalidades para definir seu genero , então logo temos lutas de chão como o Jiu Jitsu, Wrestling, Sambô, Submission, Shuai Jião (chinesa) Luta Greco romana, temos também lutas em pé como , Muay Thai, Boxe, Karatê , Taekwondo, Savate entre outras, e temos algumas que visa a defesa pessoal como Judô, Aikido, Hapkido, Bu-Jutsu, e claro o Krav maga!

Este breve relato dos estilos de artes marciais mostra sua imensa diversificação cultural sendo que cada uma é referente a um país de origem, das mencionadas acima existem algumas que são originarias do mesmo país como o caso do Judô e Karatê por exemplo, mas sendo artes totalmente distintas.

O que quero abordar que tais artes promove diversos benefícios ao seu praticante, como por exemplo aumento a autoestima e da confiança em si, melhor condicionamento físico e cardiovascular, melhora a capacidade motora, equilíbrio, noção espacial, sociabilidade e timidez outros valores que são agregados dos mais diversos tipos!

Mas como a arte marcial promove tantas benfeitorias ao longo de sua prática?

A arte marcial mostra ao individuo seja qual for seu sexo e idade que o ser humano é capaz de evoluir de forma gradativa e constante sendo capaz de realizar coisas que jamais um dia pensou em fazer.

A Arte marcial desafia a lógica em sua maioria e demonstra que o ser humano pode buscar dentro de si uma essência de vencer e se superar, expulsar seus medos e suas inseguranças, fazendo com que esta pessoa melhore seu relacionamento no trabalho, com a família, com amigos, trazendo novas perspectivas de futuro.

Imagina uma pessoa que nunca praticou um esporte, nunca chutou nem socou nada, a não ser apenas por brincadeiras ludicas , mas que em todo seu tempo viveu de forma ociosa e sedentaria , e um dia resolve se matricular para começar a fazer Karatê.

Passado o tempo, a pessoa começa a práticar as formas conhecidas como katas, que proporciona a esta pessoa mais equilibrio, concentração e noção espacial, conforme a pessoa vai evoluindo os katas vai ficando cada vez mais complexos sendo que nos mais avançados a pessoa alem das técnicas mencionadas já também esta chutando, socando, se defendendo, controlando sua respiração, sua ansiedade, e desenvolvendo um autocontrole extremamente sólido e sustentável.

Imagina que para esta pessoa que nunca chutou, passado alguns meses ela esta chutando ao mesmo tempo que executa um salto simples ou até mesmo acrobático , e assim como o mesmo indivíduo que não havia se quer desferido um soco na vida passado alguns meses já consegue quebrar tábuas de espessuras consideráveis com as mãos ou com cotovelos e joelhos , ou até mesmo a cabeça para as pessoas mais treinadas.

Pode parecer bobagem mais não é! Esta no instinto do ser humano sua vontade de superação, sempre queremos nos superar, e não necessáriamente superar alguém, muitas vezes nos colocamos a prova seja em nosso trabalho, em nossos estudos, em nossa vida social ou sentimental, enfim sempre buscamos melhorar , mas muitas vezes somos barrados por questões, duvidas, inseguranças , incertezas ...e o que a arte marcial faz é provar para a pessoa que todas essas barreiras podem ser quebras assim como a tábua...e automaticamente a pessoa associa seu poder de superação dentro das lutas e transporta para seu dia a dia, desenvolvendo mais confiança para se posicionar em um momento de pressão ou de cobrança dentro do trabalho, mostrando uma postura mais segura e confiante em si mesmo para conversar com seus lideres em uma empresa, e desta forma se valorizando mais como pessoa!

Na vida sentimental e social a pessoa se mostra mais segura para expor suas ideias e opiniões sem medo de opressões, a pessoa quebra a barreira da timidez e consegue se socializar com um determinado grupo de amigos de forma mais fácil, pois confia em si e sabe se comportar em grupo, e também claro para que o homem se sinta seguro ao investir em uma mulher e vice versa!

A arte marcial traz de maneira branda e gradativa uma evolução psicológica gigante, e o segredo esta na forma lenta, mas gradual que a pessoa adquire esta evolução!

A pessoa não entra timida na academia de dia e a noite ela se torna pessoa mais comunicativa do mundo, mas com o decorrer da prática com a convivencia em grupo e a necessidade de um parceiro ou parceira de treino para executar determinados movimentos, vai fazendo aos poucos o individuo pensar que ele é apenas mais um , e que seus medos são comuns a todos, que ele não é uma pessoa especial ou diferente, mas sim igual a todos, esta descoberta é que move o ser humano para frente!

Com os dias passando o indivíduo começa a notar que se antes ele não conseguia caminhar, hoje ele já consegue correr como todos os demais corre, se antes ele não conseguia se alongar, hoje ele consegue ter uma flexibilidade maior de suas articulações, e isto o motiva!

E tanto faz a prática ! Seja no chão ou em pé cada luta apresenta uma característica própria que melhor se adapta ao perfil de uma pessoa!

Sendo assim se a pessoa prefere uma luta mais branda ou mais suave, ela pode optar pelo JIU JITSU...que próprio nome já diz " arte suave" , mas se ela prefere algo mais dinâmico, que necessite de mais expressões corporais ela pode optar pelo Muay Thai, que exige mais condicionamento físico, mais dinamismo nas ações e execuções de seus golpes, enfim existe artes marciais para todos os gostos, inclusive não posso deixar de mencionar que a grande procura pelo publico feminino em relação as lutas são as que visam a defesa pessoal por geneticamente a mulher ser menos favorecida de força física e este estilo marcial equilibra dando lhe mais condições técnicas para vencer a força bruta!

De qualquer forma a arte marcial inspira respeito, ela nos enobrece como pessoas, nos torna mais confiantes e auto suficientes ...ela lapida o que nossa mente guarda, e o que nossa alma almeja ...a arte marcial nos torna mais fortes não só fisicamente , gerando tônus muscular, mas nos torna fortes psicologicamente!

A arte marcial hoje é usada em diversos tratamentos de diversos tipos de patologias , vou prometer aos meus leitores que vou postar um artigo e um texto que fala sobre isso, mas só para deixar com mais vontade para a próxima leitura já existem estudos comprovados cientificamente que o judô por exemplo é um aliado contra a osteoporose...querem saber porque? Porque como eu disse em textos anteriores o osso hoje é tratado como um órgão do corpo e descobriu que o estimulo através do impacto faz com que o osso produza mais osteoblastos (que são as células provenientes das células osteoprogenitoras, são responsáveis pela síntese dos componentes orgânicos da matriz óssea), que regenera a matriz óssea , e como no judô o que mais temos são projeções e quedas que proporcionam o * impacto do osso contra o tatame, faz dele este aliado que vem cada dia mais sendo estudado no tratamento desta patologia!

Bom leitores e amigos, espero que tenham gostado do texto, e volto com um segundo capitulo desta saga sobre lutas.

Abraços a todos!! Tudo de melhor sempre!

* Com os devidos cuidados sempre acompanhado de um profissional de educação física registrado no conselho responsável, e especializado no tratamento e aplicação de exercícios para pessoas com esta patologia.

Texto: Ricardo Leite (Bane)

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Tipos de Treino




Boa noite galera, hoje vamos falar brevemente sobre dois tipos de exercício no treinamento de força.

Os exercícios isolados e os exercícios compostos!

Mas quais dos dois devo fazer? A resposta correta é conciliar os dois tipos de exercícios, nem trabalhar somente compostos e nem somente isolados.

Mas vamos falar das principais diferenças...

A principal diferença para gente saber qual é um e qual é outro é: exercícios compostos ou grandes, são exercícios de média à grande dificuldade de execução e que envolve a participação de diversos músculos. Geralmente se treina mais com estes exercícios na fase de ganho de massa muscular, porque eles requisitam maiores quantidades de músculos e fibras musculares, como no caso do supino reto que ativa o peitoral maior, deltoides anteriores, porção medial do tríceps e porção longa do tríceps.

Já os exercícios isoladores são utilizados mais para a fase de definição muscular, ou se preferir para dar mais ênfase a um determinado músculo, eles utilizam menos músculos e recrutam menos fibras musculares, como por exemplo a rosca concentra que ativa bíceps e braquial.

Mas se treinar exercícios isolados então só se treina um único músculo?

Não! Mesmo os exercícios isolados de forma indireta ativam outros músculos também como a rosca concentrada por exemplo, que vamos dizer que usa um pouco dos músculos dos ombros (deltoides) para auxiliar na execução do movimento. ( deltoides parte clavicular e parte acromial) mesmo que o recrutamento seja mínimo não podemos dizer que é um exercício totalmente isolado.

E então porque conciliar ambos?

Para trabalhar o corpo por completo dando mais ênfase no músculo alvo, por exemplo: se um indivíduo executar a remada curvada ele vai já esta recrutando bastante do bíceps, mas supondo que essa pessoa quer treinar melhor este músculo deixando o mesmo então mais evidente, após a remada curvada este mesmo indivíduo executa a rosca concentrada no seu plano de treinamento.

E com isso podemos fazer para todos os grupos musculares do nosso corpo, vamos ver alguns exemplo:

Agachamento Livre (composto) + Cadeira Extensora (isolado)
Supino Reto (composto) + Tríceps na Polia Alta (isolado)
Remada Curvada (composto) + Rosca concentrada (isolado)

Percebam que podemos mudar os exercícios isolados a medida que vamos mudando nossa ênfase, podendo por exemplo muito bem adaptar o agachamento livre (composto) com mesa flexora (isolado) se minha intenção é trabalhar mais o bíceps femoral (posterior de coxa) do que o quadríceps (anterior de coxa)

Alguns planos de treinos de exercícios compostos

1º Protocolo de treino

Agachamento Livre com Barra - 4 à 5 séries - 10 repetições
Levantamento Terra - 3 à 4 séries - 10 repetições
Remada Curvada - 3 à 4 séries - 10 repetições
Supino Reto com Barra - 4 à 5 séries - 10 repetições

Um segundo exemplo de protocolo de treinamento usando exercícios compostos pode ser da seguinte forma:

Treino A:

Agachamento com Barra - 4 séries - 10, 8 , 8, 6 repetições com aumento da carga a medida que diminui a repetição.
Leg Press - 4 series - 10 repetições
Levantamento Terra - 3 à 4 séries - 10 repetições
Remada Curvada - 3 à 4 séries - 10 repetições

Treino B:

Supino Reto com Barra - 4 à 5 séries - 10 repetições
Supino Inclinado com Halteres - 4 series - 12 , 10 , 8 , 6  repetições com aumento da carga a medida que diminui a repetição.
Desenvolvimento com Barra Frente - 4 series - 10 repetições
Rosca Direta com Barra - 4 series - 12 , 10 , 8 , 8  repetições com aumento da carga a medida que diminui a repetição.

Estes treinos acima são apenas exemplos, mas que pode ser aplicado ou adpatado nas rotinas de treinamento de qualquer pessoa, no primeiro exemplo deve ser executado todos os 4 exercicios em uma sessão de treino no máximo 3 x na semana, enquanto no segundo exemplo o Treino A deve ser executado em um dia dando mais um dia de intervalo para executar o Treino B.
Por exemplo nas segundas executar o treino A e nas quartas o Treino B, este dia de intervalo é para que as fibras musculares que sofreram as microfissuras na segunda feira se regenere gerando assim a hipertrofia muscular ou aumento da massa muscular.

Espero que este texto tenha ajudado com informações, boa leitura a todos.

Obs: Segue imagens dos exercícios mencionados nos protocolos de treino.

Exercícios compostos:

* Agachamento Livre

 * Levantamento Terra


 * Remada Curvada


 Supino Reto com Barra


* Desenvolvimento com Barra Frente


 * Supino Inclinado com Halteres


* Leg Press



 Exercícios Isolados

* Rosca Concentrada



* Rosca Direta com Barra


* Tríceps na Polia Alta






* Mesa Flexora





* Cadeira Extensora





** Considerações Finais

Sempre execute os movimentos com uma carga (peso) baixa e sempre acompanhado de um profissional de educação física qualificado.

Não executar os movimentos descritos sem conhecimento, ou sem ajuda de um profissional para evitar lesões ou até mesmo se machucar executando algum dos exercícios.

Lembre-se seu corpo e sua saúde em primeiro lugar, por isso leve os treinos a sério sempre buscando o melhor resultado, não leve o ego para dentro da academia.

Suba os pesos de forma moderada e consciente, academia não é show de levantamento de peso, e sim um lugar de bem estar e qualidade de vida.

Para execução dos exercícios peça para um profissional de educação física avaliar seus movimentos e sua postura durante a execução dos mesmo, e sempre fortalecendo os músculos sinergistas e antagonistas também.

Procure sempre treinar os músculos do abdome e lombar pois eles lhe irão garantir maior estabilidade durante a execução dos movimentos descritos.

Evite o mal posicionamento da coluna, evitando assim Cifose, Lordose e Escoliose.

Se a pessoa já possui uma das curvaturas mencionadas acima, avise o profissional que irá lhe orientar durante o treino para evitar que elas se acentuem ainda mais.

Durma e se alimente antes e depois dos treinos de forma adequada e bons treinos!

Texto: Ricardo Leite (Bane)